Seca, vigor, luta, beleza, enfim, um mundo desconhecido por daqueles que vivem cercados de arranha-céus e ruídos de máquinas. A ida ao sertão foi muito mais que uma experiência, foi um aprendizado. Cada detalhe era uma descoberta, a fotografia nos fez ver aquilo que passaria despercebido por
olhos desatentos.

As marcas da seca no chão ficam claras nos olhos e na pele do homem. A luta constante passa a ser rotina e deixa de ser luta para ser vida. Morte e vida andam juntas, as carcaças dos animais estão por toda parte entre os homens e as casas.

As cidades surpreendem, a religiosidade impressiona, no dia de finados o cemitério vira uma festa e a praça muda de endereço. O respeito pelos mortos é visível, nós sentimos o peso no ar e a emoção nas orações. Nem mesmo o sol cortante o calor do sertão afastavam os fiéis dos túmulos.

Por fim, a cidade de Triunfo. O clima ameno nos renova e dá mais energia para chegar aos objetivos e fazer novas descobertas. Os patos na lagoa e o cristo na pedra do Bico do Papagaio foram os principais objetos de foco, mas as pessoas, a arquitetura, a fauna e a flora não foram esquecidas. O resultado está aqui, a satisfação do dever cumprido e o desejo de retornar estão implícitos nas imagens. Este foi o nosso o de vista, muito deixou de ser registrado, fica a lacuna para outras viagens e novas experiências.

Renata Victor
Orientadora