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Criminologia debate tráfico de mulheres
Por Mônica Braga

A palestra “Tráfico internacional de mulheres”, que aconteceu no Auditório Padre Antônio Vieira (G2) na manhã de hoje (13), deu continuidade à 25º Semana de Criminologia e Ciências Afins da Universidade Católica de Pernambuco.

Para falar sobre o assunto, foram convidados o desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco e membro do Instituto Latino Americano de Direitos Humanos, Gustavo Lira, e o doutor em direito e membro do comitê de Prevenção ao Tráfico de Seres Humanos da Secretaria de Defesa Social, Ricardo Lins.

Segundo Lira, existem três vertentes do tráfico de seres humanos: para fins de prostituição (exploração sexual), para fins de serviço forçado (trabalho escravo) e para remoção de órgãos. “O decreto 5.017 do atual governo federal traz o protocolo de Palermo que consiste numa lei internacional existente em 94 países para garantir a proteção das pessoas traficadas”, conta o desembargador.

Lira explicou ainda que o Brasil tem 937 pontos de exploração sexual infanto-juvenil. Algumas rotas podem ser citadas: Goiana - Rio de Janeiro - Europa, Recife e Fortaleza - Rio de Janeiro, Belém – Suriname - Holanda. As cidades brasileiras onde o tráfico é mais ocorrente são: Recife, Paraná, Goiana, Belém, Fortaleza e Rio de Janeiro. Em Pernambuco, também existe o tráfico interno de mulheres, que saem do interior e são exploradas na capital.

O palestrante Ricardo Lins informou que muitas pessoas são traficadas a partir do chamado “consentimento”, através de ameaças, fraudes e enganos. “Há muitos cartazes de propostas ilusórias em jornais, convidando mulheres para trabalhar no exterior como modelo, recepcionista, entre outras funções”, afirma Lins.

Para fechar a 25º Semana de Criminologia, haverá ainda hoje uma palestra sobre o tráfico internacional de crianças e órgãos, no auditório G2 (17h30 e 20h20).

 
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