UM PLANO DE MOBILIDADE NO RECIFE

Por Fábio Diniz

Quem mora no Recife, cidade onde se encontram 1.284.955 carros nas ruas, dados informado pelo Detran, sabe como é viver e conviver diariamente com o trânsito na região metropolitana. Não é nada fácil. Mobilidade, no Recife é um dos assuntos mais discutidos nos últimos anos pela a sociedade local e por especialistas em Mobilidade Urbana. Dia 22 de março de 2016 foi divulgado informações de uma pesquisa, utilizando dados de 2015, pela revista Tom Tom que mostra a cidade do Recife em terceiro lugar com o pior trânsito no Brasil, mundialmente o Recife é a oitava cidade com o pior trânsito, há outras cidades brasileiras no ranking.

Só no congestionamento, os condutores recifenses perdem por ano 169 horas no trânsito. Em média 44 minutos perdido por dia. Vivemos em uma sociedade onde no momento predomina o modelo carrocrata, mais carros nas ruas do que pedestres, temos mais vias para carros particulares do que espaço para ciclistas, temos baixa qualidade no transporte público e uma infra estrutura urbana que não ajuda na mobilidade.

Gabriel Ramos, estudante, morador da capital pernambucana e participante do grupo dos direitos urbanos no facebook, questiona o que é preciso fazer, para melhorar nossa mobilidade. “É preciso investir em um sistema cicloviário, em transporte público, em uma logística urbana, na questão da fiscalização de abastecimento de carga e descarga, em estacionamentos com vagas regulares tendo uma fiscalização rigorosa nos estacionamentos irregulares, na pedestrinação das ruas, pois andar a pé é a forma mais sustentável do mundo”.

Com esse conjunto de tarefas, a quantidade de carros nas ruas diminuiria e a mobilidade iria fluir, acredita Gabriel Ramos. O coordenador geral da Ameciclo, Cezar Martins, durante o seminário sobre o Plano de Mobilidade Urbana no Recife, organizado pelo o Instituto da Cidade Pelópidas Silveira (ICPS), órgão de planejamento ligado à (Seplan) Secretaria do Planejamento, chamou a atenção pontuando o problema no Recife que tem de não privilegiar os ciclistas, os pedestres e que vem dificultando a mobilidade na região metropolitana.

Portanto, segundo o ICPS, esse ano o Plano de Mobilidade do Recife fica pronto e a prioridade será dada ao transporte público de passageiros. “o planejamento urbano da cidade não irá incluir novas vias para carros, mas a adaptação do sistema viário para ônibus e outros modais, motorizados ou não.” nota do Instituto Pelópidas Silveira que é responsável pelo desenvolvimento urbanístico da capital pernambucana. “O importante é que ainda sobram expectativas para pedestres, ciclistas e passageiros do transporte público”.

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