Pastoral de Juventude do Meio Popular lança nota em solidariedade ao MST

NOTA DA PASTORAL DA JUVENTUDE DO MEIO POPULAR (PJMP) EM SOLIDARIEDADE AO MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA (MST)

“Maldita toda a violência que devora a vida pela repressão”

Não à criminalização dos movimentos sociais! Na manhã de hoje, 04 de novembro de 2016, a Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF) em Guararema (SP), sede do MST, movimento que luta pela democratização do acesso à terra no país, foi invadida por um grupo de policiais civis fortemente armados em varias viaturas, numa clara tentativa de intimidação e criminalização do Movimento.

De acordo com os relatos de quem estava no local e vídeos gravados por câmeras de segurança, os policiais chegaram por volta das 09h25, fecharam o portão da Escola e pularam a janela da recepção dando tiros para o ar. Os estilhaços de balas recolhidos comprovam que nenhuma delas era de borracha e sim letais.
A nossa Constituição Federal “Cidadã” de 1988, preconiza em seu artigo 5, inciso XI que “casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou durante o dia, por determinação judicial.”

Não cumprindo nenhum desses salvo condutos, a invasão da sede do MST se mostra totalmente ilegal e fere de morte mais uma vez a nossa Constituição Federal, que nos últimos anos vem sendo fortemente atacada e rasgada por setores conservadores que se acham acima da Lei.

A Pastoral da Juventude do Meio Popular repudia toda e qualquer ação que vise criminalizar os movimentos sociais e atacar os direitos da livre associação e manifestação dos sujeitos. Exigimos que as autoridades competentes: Governo do Estado de São Paulo, Ministério Público Federal e Ministério da Justiça, tomem as medidas cabíveis para a apuração e responsabilização dos envolvidos nesta ação, bem como que assegure o direito de liberdade democrática ao MST e todos os demais Movimentos Sociais do país.

Nosso grito é pela vida, liberdade e justiça, somos contra as violações de direito, repressão policial e criminalização dos movimentos sociais.

“Se calarem a voz dos profetas, as pedras falarão”.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *