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  Palavras Faladas e Escritas

COM(CIENCIAL)

DANÇA ARMORIAL - A REINVENÇÃO
DO POPULAR

José Maria Rafael Junior (História)
Orientadora: Emanuela Sousa Ribeiro

A produção artística armorial começou muito antes do 18 de outubro de 1970, visto que em 1959 Os Medalhões, de Ariano Suassuna e Ana Regina, foi encenado. Em busca de uma cultura erudita tipicamente nordestina, os artistas armoriais tomaram como inspiração os folhetos da literatura de cordel. Da Música desenvolveu-se a dança armorial que tem como caráter inovador a recriação dos espetáculos populares, sem deturpar seu verdadeiro sentido, nem simplesmente repetir o que é feito nas manifestações de rua. A coragem dos coreógrafos é notória na recriação dos movimentos para formar coreografias condizentes com o conceito armorial. Os ritmos mais adaptados são frevo e cavalo-marinho, mas também se fazem presentes cocos, maracatus, cirandas, xaxados, reisados e pastoris.

Palavras-chave: Espetáculos - Dança - Armorial

 

INFLUÊNCIAS SEBASTIÂNICAS NO FANTÁSTICO MUNDO DO IMAGINÁRIO NORDESTINO

Isaac Júnior e Rakel Azevedo (Relações Públicas)
Orientadora: Ana Paula Campos Lima

O caráter transcendental de um mito, como expressão singular de um universo real, que consegue penetrar na alma humana de culturas diversas e passa a fazer parte da história de um povo, que pelas desventuras, sacrifícios e necessidade de viver reacendem suas esperanças, e criam um mundo novo com suas próprias fantasias. É com essa premissa que abordaremos sobre o lendário caso do rei português D. Sebastião. Os aspectos messiânicos identificados nos movimentos místicos-religiosos do Brasil são evidenciados no tocante as necessidades de transformações sociais que assolam o povo brasileiro desde de sua colonização. O apego às práticas religiosas como porta de entrada para mudanças, tem em seus líderes a personificação dos anseios populares. Assim, tendo como referência o Sebastianismo português e uma série de movimentos sebastianistas no Nordeste, além, da presença deste elemento no universo literário de Ariano Suassuna no "Romance d'a Pedra do Reino e do Príncipe do sangue do vai e volta", nos deteremos ao fenômeno do imaginário coletivo.

Palavras-chave: Sebastianismo - Messianismo - Armorial

 

O REINO MÁGICO DA XILO(GRAVURA)

Claudilaine Lima e Sandra Guedes
(Relações Públicas)
Orientador: Janilto Rodrigues de Andrade

No Nordeste, a cultura popular é exuberante, é aclamada e cultuada, não apenas dentro, mas, sobretudo, fora do país. Podemos citar como exemplo os folhetos da Literatura de Cordel, que são escritos, ilustrados e recitados pelos seus próprios habitantes e reconhecida internacionalmente. O Movimento Armorial é uma página dessa história de riqueza artística que tem Ariano Suassuna como idealizador, o qual procurou valorizar a cultura popular da região, fazendo das suas manifestações a fonte alimentadora do seu trabalho erudito. A xilogravura faz parte dessa história e constitui-se em utilizar a madeira para serem talhados os mundos mágico, romântico e trágico, tendo os xilo(gravuristas) J. Borges e Gilvan Samico artistas conhecidos e renomados dessa arte.

Palavras-chave: Xilo(gravura) - Romanceiro - Cultura Popular

 

 

PÍCAROS ENGALANADOS

OS HERÓIS E OS SEUS OPOSTOS NOS AUTOS DA BARCA DO INFERNO E DA COMPADECIDA

Fabiana Câmara Furtado
(Professora do Departamento de Letras)

Gil Vicente escreveu várias peças com temáticas religiosas, porém é através dos seus textos satíricos que podemos conhecer todos os "tipos" integrantes dos diversos segmentos sociais de Portugal, no período da Idade Média; seus personagens, que representavam as diversas instituições, ou seja, a igreja, o povo, a nobreza -eram alvos de uma crítica corrosiva e contundente cuja finalidade era revelar ao público os vícios de um período marcado por uma visão regiocêntrica e teocêntrica. O autor Ariano Suassuna, também produz na sua obra teatral, diversos "tipos" que representam as mesmas instituições criticadas pelo comediógrafo português. O autor paraibano, inspirado nos autos vicentinos e nos folhetos de cordel, produz peças que também desmascaram a sociedade do seu tempo e, assim como o autor português, utiliza-se da sátira social para alcançar seu objetivo. Nesta comunicação serão analisados os personagens do Auto da Barca do Inferno e do Auto da Compadecida a partir da perspectiva da função do herói e do anti-herói em obras que se utilizam do cômico e do riso para intensificar a crítica feita a uma sociedade representada por esses personagens.

Palavras-chave: Pícaro - Teatro - Herói/anti-herói

 

DA HERÁLDICA AOS FOLGUEDOS POPULARES, DO TAFETÁ À CHITA: UMA PROPOSTA PARA A INDUMENTÁRIA ARMORIAL

José Carlos de MéIo e Silva
(Egresso de Jornalismo da Unicap - Mestrando em Extensão Rural e Desenvolvimento Local pela Universidade Federal Rural de Pernambuco)

O Movimento Armorial, criado por Ariano Suassuna, tem a pretensão de realizar uma arte nacional erudita baseada nos elementos dos contextos populares e assim sendo, convergir diversas artes como a pintura, escultura, literatura, gravura, arquitetura, teatro, cinema e dança para esse fim.

Baseando-se nessa proposta, buscamos através de pesquisas histórico-bibliográficas, via textos e fotografias, sugerir uma indumentária Armorial baseada em estéticas eruditas e populares. Observamos nesse estudo, que há uma riqueza de elementos, como modelos, têxteis e adereços que podem ser trazidos à tona no cenário da moda regional.

Palavras-chave: Culturas populares - Indumentária - Cultura material.

 

GIL VICENTE E ARIANO SUASSUNA: DO INFERNO À COMPADECIDA, DOIS AUTOS

Robson Teles
(Professor do Departamento de Letras)


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