(Texto originá)

Lá pras bandas de Portugal, Espanha e Andorra (ora murrinha!) os homens viviam arengando por terra há mais ou menos três mil anos antes do nascimento do Menino Deus. No comecinho da Idade Média, os mouros, queriam porque queriam e conseguiram, a puso, ocupar aquele lugar séculos depois das invenções dos hôme bruto e, enriqueceram àquelas terras com suas sabedorias de dotô e com o emperiquitamento dos seus desenhos, das suas construções, das belezuras das suas músicas e das suas palavras bonitas.

Criadas pelos homens sabidos e pelos dizeres da Igreja Católica, as artes da Idade Média eram feitas sempre pensando no Todo-Poderoso, pra mostrá a fé e as assombrações das coisas do outro mundo e a peleja pela salvação da alma.

A música era feita com as palavras do Livro Sagrado, cantada em latim - a fala falada dos cristãos de posse. A parti dos anos mil e trezentos, apareceram músicas feitas pelo povo.

As encenações apresentavam atos dos milagres dos santos, dos mistérios da fé, dos causos de safadezas e imoralidades dos hôme. Na Espanha do século dezoito, aparecem umas peças chamadas de autos. Mesmo q' simplezinhas e muitas vezes com histórias abestalhadas, apresentavam umas coisas que representavam outras coisas.

A península ibérica e a arte medieval

(Texto clássico)

A Península Ibérica, formada inicialmente por três estados, Espanha, Portugal e Andorra foi alvo de disputas desde 3.000 a.C. Na Alta Idade Média (séculos V a X d.C), com a conquista e ocupação dos árabes, designados de mulçumanos ou mouros, em 711 séculos depois das invasões bárbaras, transformam o território com seus conhecimentos evoluídos nas ciências e artes em geral.

A cultura artística do período medieval é marcada pelo espírito teocêntrico (em torno de Deus), procurando representar os universos espiritual e sobrenatural do homem e da sua vida em busca da salvação da alma. Esses preceitos são desenvolvidos nas produções científica e cultural sob forte influência da Igreja Católica.

A música é produzida a partir dos salmos (da Bíblia), sendo o canto gregoriano sempre em latim, língua oficial do catolicismo, a única aceita. A partir do século XIV, aparecem composições de cunho popular.

O teatro é marcado com temas litúrgicos, como os milagres dos santos, os mistérios da fé, temas profanos e sobre moralidades. No século XIII, surgem, na Espanha, os autos, encenações alegóricas sobre temas religiosos.