Uns dedos de prosa

Os textos de "Os coiteiros harmoniais e armoriais" foram adaptados da estrutura do
galego-português, o português arcaico ou medieval (Latim Vulgar), transplantado para o Brasil pelos colonizadores e outros tantos aproveitadores. É uma homenagem ao início da civilização luso-brasileira, ao "idioma" falado em várias localidades do Nordeste brasileiro, estudado, reverenciado por pesquisadores internacionais.

Foram usadas em algumas "regras" do idioma que transpõem a universalidade da cultura nordestino-sertaneja: expressões tipicamente regionais, grafias registradas da melodiosa língua "conversada" (falada), identificadas na vida sobre (vivida) dos predestinados, no cancioneiro popular: nos versos da literatura de cordel (fonte de sabedoria da Arte e do Movimento Armoriais) e nas letras das antigas músicas de compositores como Luiz Gonzaga, Zé Dantas, Humberto Teixeira, a exemplo de modificações ou simplificação de pronomes, conjunções, verbos no infinitivo e algumas de suas flexões, substantivos terminados em "m", concordâncias nominais e verbais, repetições de algumas palavras ou começadas pelas mesma letra e, utilização da rima rica.

A programação visual foi (uma peleja) baseada nas artes das iluminuras e da heráldica (Idade Média alta e baixa e, nas iluminogravuras de Ariano Suassuna (século XX), com imagens originais, fotografias e ilustrações de trabalhos de alunos e egressos do Departamento de Comunicação Social da Universidade Católica de Pernambuco.