(Texto originá)

As construções eram grandiosas, empiriquitadas, feitas com refinamento que só ispiando pra crê. As pinturas que os artistas pintavam e, os enfeites entalhados, ficam mais graciosos Além das novas invenções como a arte de fazê os pisos de chão, as artes trabalhadas com ouro e as tintas brilhantes, um negócio chamado iluminara, não, i-lu-mi-nu-ra que são enfeites cheios de rabiscos, de desenhos ou das letras bem enfeitadas dos títulos dos capítulos ou das que iniciavam os dizeres dos escritos de antigamente, foi um feito naqueles tempos.

Com as invasões dos hôme bruto, as artes ficaram mais cheias de cor. Pintá com tinta de ouro e, às vezes com tinta de prata, era muito importante e de uma riqueza só.

Das palavras escritas, principalmente na prosa, eram proseadas as resenhas e valentias dos cavalêro, a sua lealdade aos seus senhores e a Santíssima Igreja. Famosas, até hoje, são as histórias do Cavalêro da Távola, o afamado Rei Artur (século seis). Nas rimas das belezuras das poesias, aparecem as dos cantadores de trovas. O Tro-va-do-ris-mo é a fineza. Apareceu lá pras banda de embaixo do país de Bonaparte. Só chegou em Portugal, apenas no final do século doze. Ditada e cantada em português antigo por cantadores reais ou acoitados por esses, eram acompanhadas por vários instrumentos de soprá, de batê e de tocá com os dedo. Ficaram conhecidas como de bem-me-quer com as Cantigas de Amor e de Amigos e, em desaforadas ou de zonear com a cara dos salafrários.

(Texto clássico)

Nas artes plásticas, as obras, principalmente a arquitetura, apresentam aspectos monumentais, ornamentais e estilizados. A pintura e a escultura adquirem aspectos delicados. Além das novas atividades como a tapeçaria, a ouriversaria e os esmaltes, a iluminura (arte dos arabescos, das ilustrações, dos cabeçalhos, dos títulos e das letras inicias dos capítulos dos manuscritos antigos) foi um dos marcos da época. Com as invasões bárbaras, ganharam matizes especiais, além das cores, o ouro e, em algumas ocasiões, a prata eram fundamentais.

Na literatura em prosa, destacam-se as Novelas de Cavalaria, que narram, principalmente, as aventuras e valentias guerreiras dos cavaleiros, a fidelidade ao soberano e ao cristianismo. Famosas são as que contam as aventuras do lendário fundador da Ordem dos Cavaleiros da Távola Redonda, o Rei Artur (século VI). Na poesia, o Trovadorismo é o modelo. Originário do sul da França, no fim do século IX, aparece em Portugal, apenas no fim do século XII (com expressividade até o século XV). Escrita e cantada em galego-português por jograis e trovadores, era acompanhada de alaúde, flauta, viola, gaita, cítara, lira ou harpa. Foi classificada em líricas: com as Cantigas de Amor e de Amigos; e, em satíricas, que cantavam o escárnio e o maldizer.