Esse vestido é inspirado nas duas figuras quiméricas usadas nos brasões medievais: o Dragão e a Medusa.

O modelo enaltece a indumentária da mulher medieval, vestidos longos e soltos com cintura alta.

A seda carmim traduz-se em
vitória, fortaleza e ousadia,
já o dragão trabalhado em pedraria dourada representa a bravura.
O detalhe fica por conta do bracelete em forma de Hidra.

 

A simplicidade dos traços geométricos e as cores primárias são o forte deste
vestido em algodão cru.

Como em muitas das gravuras de Samico, a estrela aparece como símbolo do alvorecer e da esperança.

O longo de manga única contrasta com a simetria das gravuras de Samico.

Inspirada em sua obra “Fruto da Flor”, o vestido preto traz a estrela com sua calda e a planta com seu fruto em cores puras como o vermelho, o verde e o amarelo.

Nesse vestido, os adereços como galão, fita de cetim e cianinha, dão a cor e a textura, traçam retas e direções.

O corte do vestido privilegia o godê dando movimento e dimensão à saia. As cores dos adereços são alusivas aos tons usados dos traçados e frisos das pinturas medievais.

Este vestido valoriza o corte simples e rudimentar que caracteriza a leveza e a modéstia da indumentária femina do campesinato nordestino.

As microestampas com emblemas florais e de folhagens coloridas dão o ar de delicadeza e o bege traz a neutralidade para roupa.

A saia em corte reto, com um passa-fita na barra, sobreposta a uma calça cigarrete aludem à camponesa, personagem tão peculiar no cenário do sertão nordestino.

A blusa com mangas fofas e passa-fitas e os tons de rosa e liláz dão um toque feminino à indumentária.

O cordão encarnado do Pastoril empresta todo seu simbolismo para esta criação.

Bicos bordados em dourado, retalhos horizontais em tons quentes como carmim, vermelho e laranja escuro estilizam a pastora.

A cianinha e as fitas douradas dão o contraste no babado da blusa.

A chita traz toda sua simplicidade para o vestido de saia rodada e aplicações em bico bordado.

Cores fortes, cortes simples, leveza e feminilidade caracterizam os vestidos das mulheres do Sertão.

A contra-mestra do cordão azul do Pastoril apresenta sua formosura com uma saia em barras verticais, ornadas com bico de renda dourado.

O azul traz toda sua tranquilidade, nobreza e temperança em tons gradientes de ciano, turqueza e anil.

A Nossa Senhora Compadecida, respeitada e venerada pelo nordestino, cede sua graça ao vestido em tafetá azul crepúsculo simbolizando a sua pureza.

As aplicações em tubilhos e paetês dourados reluzem os detalhes e costuram o céu estrelado na estola.