A Terra, A Mãe
A vida na mata caacinza


Linda e real decoração devastadora: troncos, tocos, ramas, galhos entrelaçados, apoiando-se, escapulindo uns dos outros ... Aos olhos dos empiristas ou poetas, uma visão dantesca; para o Filho, Deus quis assim. Uma floresta branca de não de mais seis metros de altura, morta... seca... não é de vera, esperando por pingos de água, chuva pra fazer água: pra gente, pra os
bichinhos, pra plantação.... Estão os predestinados: o Filho, a Família, cabras, pai-de-chiqueiro, galinhas
(de capoeira), reses, as feras perdidas na imensidão...

Contrapontos da vida nas batatas-bolsões de água do sagrado imbuzeiro, nas brancas dentaduras dos juazeiros, dos imponentes mandacarus que rogam aos céus, aplausos às palmas comestíveis, do exotismo real das bromélias universais, das surpresas no mistério dos pavões engalanados, das delicadezas dos cervídeos
caatingueiros, das mensagens de partida e volta da mensageira da paz da asa branca: alguns dos repentes
que tornam a caatinga menos escaldante, fascinante!

Recife MMII/MMV - Leão do Sertão - Alfredo Sotero - Ilumino(repro)gravura - Terceira Peleja