Camcioneiral

RECITAL NORDESTINO ESPECIAL
Antônio Marinho do Nascimento
(Aluno do curso de Direito)


Antônio Marinho do Nascimento

Haidée Camelo

  • Seu bisavô

Dele herdou o nome. Antônio Marinho – o velho – é lembrado entre os poetas como “O Rei dos Cantadores” ou “O Águia do Sertão”.
É considerado um dos precursores do Repente sertanejo, destacando-se na Região do Pajeú. A academia já o reverenciou, tendo-o feito tema de várias teses e monografias, como por exemplo, a do poeta-folclorista Aleixo Leite Filho, publicada depois em livro.

  • Seu avô

Lourival Batista – o Louro do Pajeú ou o Rei dos Trocadilhos – é tido pela maioria dos pesquisadores da área como o maior repentista de todos os tempos. Formava com seus irmãos, Dimas e Otacílio Batista, a Tríade dos irmãos cantadores. Hoje, Louro do Pajeú é tema de estudos na Sorbone e em outras universidades da Europa.

3. Seus pais

Seguindo a tradição da família, seus pais formaram, durante muitos anos, uma dupla de cantores-compositores que se apresentou por todo o país. O pai, Zeto – precocemente falecido –, impunha-se pelo talento com que manejava a palavra poética, tocava o seu instrumento – o violão – e interpretava as canções que compunha. Era disputado por políticos em campanha pela sua força poético-argumentativa.

A mãe, Bia Marinho – A Sabiá do Pajeú –, além de compositora gravada por intérpretes consagrados, como Amelinha, é também tida como uma das grandes cantoras nordestinas. Tem-se revelado excelente articulista entre o sertão e a capital, entre os artistas e os empresários, entre os políticos e o povo, promovendo eventos que buscam revitalizar a combalida cultura da região. Um de seus últimos projetos é a criação da “Embaixada do Pajeú”, espaço cultural localizado no bairro de Apipucos, ao lado da casa do mestre Gilberto Freyre. Outro grande evento por ela organizado foi o “Primeiro Encontro de Arte e Cultura das Cidades do Pajeú”, realizado nos dias sete, oito e nove de abril, no Sítio da Trindade, com apoio da Prefeitura da Cidade do Recife e de outras seis cidades do Vale do Pajeú (Afogados da Ingazeira, Carnaíba, São José do Egito, Tabira, Itapetim e Tuparetama).

  • Antônio Marinho – o bisneto

Apresenta-se em diversos palcos desde tenra idade. Fez a primeira apresentação pública aos três anos de idade, em um Congresso de Violeiros, em Paulista da Paraíba. Desde então, vem-se apresentando em eventos, que vão desde campanhas políticas a congressos e espetáculos, em Pernambuco e em outros Estados.

Em parceria com o irmão Greg, fez o primeiro poema aos seis anos: “Chacina na Candelária”, que já demonstra sua extrema e precoce sensibilidade aos problemas do nosso País.

Tem vocação nata para contar causos, arte enraizada na vivência do povo de sua terra natal e que é transmitida oralmente por todos os recantos da cidade, conforme se documentou e se veiculou em todo o país através do programa “Globo Comunidade” em agosto de 2005.

Seu talento lhe garantiu a educação, pois sempre estudou como bolsista, em escolas que só tiveram a lucrar com sua presença. Desde a primeira escola até o último colégio, o Mater Christi Contato. Em todas essas instituições, ainda é referência de destaque, tanto para os professores como para os colegas, que seguem acompanhando sua trajetória artística.

Aos 16 anos, lançou, pela Editora Bagaço, seu primeiro livro “Nascimento”, que, na primeira edição, vendeu mais de seis mil exemplares, tendo sido adotado por várias escolas.

No dizer das jornalistas Maria Clarice Dias e Maria Oliveira, no “Correio Brasiliense”, no caderno “Coisas da Vida”, primeira página: “O menino-poeta perpetua gerações e gerações da personalidade sertaneja”. Foi também elogiado por ícones da cultura brasileira como o Ministro da Cultura, Gilberto Gil e o Mestre Ariano Suassuna.

Foi convidado pelo ex-ministro da Educação, Cristóvam Buarque, para organizar e coordenar um projeto que levaria o “repente” às salas de aula da Rede de Escolas Públicas Estaduais, inclusive às universidades. Não conseguiu realizá-lo em virtude da demissão do então Ministro.

Junto com artistas como Francis Hime, Olívia Byton e Bete Faria, é Piloto do projeto “Arca das Letras”, uma parceria do Ministério do Desenvolvimento Agrário com o Ministério da Cultura.

Sempre é convidado para presidir debates, como aconteceu na 13 a. Conferência Nacional de Solidariedade a Cuba. Na mídia, destacou-se o fato de ele ser aluno de Direito da Universidade Católica de Pernambuco. Na ocasião, recebeu convite para estudar medicina em Cuba.

Participa das festas oficiais do Recife e de outras cidades junto com a mãe e os irmãos, em espetáculos nos quais se mesclam música, poesia e causos.

Faz diversas apresentações nas faculdades e universidades em diversos eventos. Na Católica fez várias apresentações em sala de aula e em auditórios, convidado pela professora Haidée Camelo, que sempre contou com ele para ilustrar suas aulas de Cultura Brasileira e de História da Arte e para participar do show em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. O Departamento de Comunicação, por ocasião da projeto multidisciplinar Harmonia Armorial - 35 anos em Movimento, outubro de 2005, também contou com seus préstimos.

Na prática, o aluno já participa ativamente da vida cultural da Universidade, tendo-se, espontaneamente, apresentado à Pastoral, para oferecer seu apoio nas diversas ações empreendidas.